RCM SIMPLIFICADO: Uma Perspectiva Crítica – Final
- Kleber Siqueira
- Oct 27, 2024
- 2 min read

A Manutenção Centrada na Confiabilidade (RCM) é muito mais do que apenas uma ferramenta — é a espinha dorsal de uma estratégia robusta de gerenciamento de ativos. Conforme enfatizado pela ISO 55000, a RCM garante que a confiabilidade dos ativos esteja alinhada com as metas corporativas de curto e longo prazo. Ela desempenha um papel crítico em manter os negócios funcionando de forma eficiente, protegendo diretamente as funções que geram receita e impulsionam o crescimento.
No entanto, apesar dessas vantagens claras, muitas organizações são tentadas a cortar custos. Em busca de "eficiência", elas adotam os chamados processos RCM simplificados. Embora esses atalhos possam parecer economizar tempo e recursos, eles acabam saindo pela culatra. Nenhuma dessas abordagens está em conformidade com os padrões SAE RCM e, mais importante, elas introduzem omissões arriscadas que prejudicam o valor central da RCM.
Na minha postagem anterior, discuti os riscos de focar apenas em Funções ou Falhas "Críticas". Hoje, explorarei a armadilha final desta série: Analisar apenas equipamentos "críticos".
O problema de focar apenas em equipamentos "críticos"
Uma abordagem "simplificada" comum sugere aplicar o RCM exclusivamente a equipamentos "críticos". À primeira vista, isso pode parecer uma maneira lógica de priorizar recursos, mas é um equívoco perigoso. O Padrão SAE não endossa essa abordagem, e aqui está o porquê:
O RCM é aplicável a qualquer ativo: O Padrão SAE define o RCM como um processo que pode ser aplicado a qualquer ativo, sem fazer distinções sobre qual equipamento é "crítico". O Padrão pressupõe que as decisões sobre quais ativos analisar e definir limites do sistema já foram tomadas antes do início do processo de RCM.
"Crítico" é relativo: diferentes setores têm critérios muito diferentes para o que consideram "crítico". Com uma gama tão ampla de critérios, é impossível criar um padrão único para isso. O que é considerado crítico em um setor pode não ser em outro.
Existe algo realmente "não crítico"?: Alguns acreditam que nenhum equipamento em um ambiente industrial é tão "não significativo" que não mereça uma análise rigorosa. Cada ativo, de alguma forma, impacta o desempenho geral.
Embora muito possa ser debatido sobre os prós e contras do uso de avaliações de criticidade de equipamentos para orientar decisões sobre a realização de análises detalhadas, é crucial observar que as avaliações de criticidade não fazem parte do processo de RCM conforme definido pelo Padrão SAE.
Rotular essas avaliações como uma forma "simplificada" de RCM é enganoso e não reflete a verdadeira intenção ou eficácia do RCM.
Obrigado por acompanhar esta série sobre RCM Simplificado: Uma Perspectiva Crítica.
Espero que esses insights tenham despertado pensamentos e conversas valiosas sobre a importância de aderir aos verdadeiros princípios do RCM.
Como sempre, estou ansioso para ouvir seus comentários e pensamentos! Vamos continuar a conversa.
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